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História
Desde o início, o processo de ocupação de Diadema teve um fator fundamental: sua localização geográfica entre o litoral (Vila de São Vicente) e o planalto (Vila de São Paulo de Piratininga). Foi a existência de uma via de ligação entre São Bernardo do Campo e Santo Amaro que proporcionou a chegada de uns poucos moradores ainda no século XVIII. As avenidas Antônio Piranga e Piraporinha se originaram desses caminhos primitivos.
Até a década de 1940, a região de Diadema era constituída por quatro bairros pertencentes a São Bernardo: Piraporinha, Eldorado, Taboão e Vila Conceição. Dispersos, eles eram ligados apenas por caminhos precários. Cada um tinha sua vida própria. Piraporinha próximo a São Bernardo; Taboão, também ligado pela proximidade a São Bernardo e a São Paulo através da Avenida Água Funda. O Eldorado, que guardava características muito próprias, graças à Represa Billings, vinculava-se mais a São Paulo (região de Santo Amaro). Finalmente, a Vila Conceição, formada pelas chácaras pertencentes ao loteamento da Empresa Urbanista Vila Conceição.
O trajeto até o Centro foi completado pelo senhor Alberto Simões Moreira. Nessa estrada, passaram a transitar carros de boi, cavalos, automóveis e a primeira jardineira que fazia o itinerário Eldorado – Vila Conceição – Praça da Árvore (SP).
Apesar da proximidade geográfica com a Capital, até os anos 50 a cidade pouco sentiu os efeitos das transformações produzidas pela industrialização em São Paulo. Até então, Diadema tinha pouca importância econômica regional.
Após a década de 1950, o sistema de escoamento da produção pelos eixos ferroviários entra em declínio e o governo passa a optar pelos circuitos rodoviários. A Via Anchieta, inaugurada em 1947, representa uma nova fase da industrialização paulista.
Ao longo dessa estrada, instalaram-se grandes indústrias multinacionais; em Diadema se instalaram empresas que produziam, na sua maioria, objetos complementares para aquelas multinacionais.
Em 1948, com a Lei nº 233, criou-se o Distrito de Diadema. As transformações ocorridas a partir dos anos 50 na região do ABCD Paulista – abertura de estradas, industrialização, migrações, novos loteamentos, crescimento das cidades – despertaram o interesse das lideranças políticas da região de Diadema. Havia o entendimento de que a mudança de distrito para município favoreceria o desenvolvimento local.
Foi a conjugação de vários fatores que determinou a emancipação político-administrativa de Diadema, como a expansão urbana e industrial paulista em direção ao ABC, a articulação de políticos da localidade, como o professor Evandro Caiaffa Esquível, com lideranças de influência no âmbito estadual, como o jurista Miguel Reale. A Vila Conceição liderou o movimento pela emancipação com a intensa participação dos seus moradores na Campanha da Emancipação.
Aprovado o processo de emancipação pela Assembleia Legislativa, ocorreu o plebiscito no dia 24/12/1958. As pessoas residentes há mais de dois anos no local votariam a favor ou contra a emancipação. Participaram cerca de 300 eleitores e a emancipação venceu por pequena margem, apenas 36 votos.
Em 1959, realizaram-se as primeiras eleições para os poderes Executivo e Legislativo do município de Diadema. Em 10/01/1960, com a posse do primeiro prefeito, vice-prefeito e vereadores, instalou-se oficialmente o novo município.
Dados Gerais
Diadema integra a Região Metropolitana de São Paulo, formada por 39 municípios e está inserida na região do ABCD Paulista, composta por sete cidades. Está a 17km distante do marco zero de São Paulo, localizado na Praça da Sé. Diadema tem 30,7km², o que representa 4,94% de todo o território do ABCD e 0,01% do território estadual.
A população de Diadema, estimada pelo IBGE para 1.º de julho de 2020, era de 426 757 habitantes, sendo o 14.º município mais populoso do estado e o 57.º do Brasil.
A cidade é a 21ª economia do Estado de São Paulo (fonte: IBGE/2016) e a 67ª economia do Brasil (fonte: IBGE 2016).
Bairros por ordem decrescente de área (população: IBGE/2016)
Eldorado: 6,690 km² – 43.571 pessoas
Centro: 4,129 km² – 45.173 pessoas
Piraporinha: 2,753 km² – 25.557 pessoas
Conceição: 2,858 km² – 43.876 pessoas
Casa Grande: 2,738 km² – 38.261 pessoas
Serraria: 2,270 km² – 31.787 pessoas
Canhema: 2,050 km² – 26.424 pessoas
Campanário: 1,959 km² – 29.630 pessoas
Vila Nogueira: 1,762 km² – 33.916 pessoas
Inamar: 1,195 km² – 25.779 pessoas
Taboão: 2,305 km² – 42.065 pessoas
Maior altitude:
Jardim Santa Cândida – 865m acima do nível do mar
Menor altitude:
Vila Idealópolis – Piraporinha
Altitude predominante:
Em torno de 700 a 800 metros
Relevo:
Acidentado, pequenas colinas e morretes alongados. Poucas áreas planas
Área verde:
Diadema possui, em média, 10m² de área verde por habitante. A maior parte das áreas verdes, no entanto, está concentrada ao Sul do município, dentro da área delimitada como de Proteção e Recuperação aos Mananciais (APRM). Assim, os demais bairros apresentam índices inferiores, que variam desde 1m² em Casa Grande a 6m² no Centro.
Clima:
Duas estações bem definidas. Verão pouco quente e chuvoso. Inverno ameno e subseco. As temperaturas médias giram em torno de 25ºC.
Índice pluviométrico médio:
Aproximadamente 1.400 a 1.500mm por ano.
Rede Hidrográfica:
A maior parte da rede hidrográfica está orientada para Noroeste do Estado de São Paulo, em direção à calha do Tietê, formada pelos seguintes córregos e ribeirões:
Ribeirão dos Couros – 7.500m (principal da cidade)
Córrego Mato Dentro – 5.100m
Córrego da Capela – 4.695m
Córrego do Floriano – 4.395m
Córrego do Taboão – 4.000m
Córrego Araújo – 1.798m
Córrego Grota Funda (Sul)
Córrego da Capela (Leste)
Córrego Curral Grande (Leste)
Córrego Campanário (Norte)