De onde vieram os nomes dos bairros de Diadema?

Conheça a origem dos bairros que compõem o nosso município

Diadema é uma cidade com 30 quilômetros quadrados e 11 bairros (incluindo o Centro), divididos em quatro regiões – Sul, Norte, Leste e Centro-Oeste. Até os anos 1940, a região de Diadema pertencia a São Bernardo e era constituída pelos vilarejos de Piraporinha, Vila Conceição, Eldorado e Taboão, que tinham vida própria e eram ligados por caminhos precários.

Esses vilarejos se tornaram bairros a partir da emancipação de Diadema, em 1959. Mas como surgiram esses nomes? E quem nomeou os outros bairros que foram constituídos a partir do crescimento do município? Veja a história de cada bairro de Diadema.

PIRAPORINHA
Piraporinha é o bairro mais antigo de Diadema. Ali era a primeira parada dos bandeirantes e tropeiros vindos da Vila de São Vicente, no litoral, depois deles superarem a Serra do Mar com destino à freguesia de Santo Amaro, caminho para se chegar ao ouros dos rios do sertão do Embu. Pinhauva foi seu primeiro nome, depois passou a ser conhecido por Cavalheiro, em seguida Quatro Encruzilhada, e por fim prevaleceu Piraporinha em razão das festas ali realizadas em louvor a Bom Jesus de Pirapora, onde os antigos moradores faziam suas romarias.

CONCEIÇÃO
A segunda parada dos viajantes depois de superarem a serra e alcançar o planalto rumo ao sertão era a vila Conceição, onde atualmente é a área central da cidade, em razão da capela e, homenagem à Nossa Senhora da Conceição – que viria a ser a padroeira da cidade – erguida onde hoje é a rua Manoel da Nóbrega.

ELDORADO
O bairro do Eldorado era conhecido como Sítio do Buraco, e depois da represa Billings foi rebatizado por ter se transformado num local bonito e aprazível, que foi loteado em chácaras.

TABOÃO
Já o bairro do Taboão, ao norte da cidade, passou a ser chamado assim em razão das plantas taboas que dominavam as margens do córrego que ganhou o mesmo nome.

CASA GRANDE
Casa Grande é, ao lado de Piraporinha, outra região bem antiga, e passou a ter esse nome por causa da casa de Juca Escudeiro que existia na esquina da rua Inco com a avenida Casa Grande. Os moradores diziam “é lá perto da casa grande”, e o ponto de referência deu nome à rua e ao bairro.

CAMPANÁRIO
Mais ao norte está a região do Campanário, já na divisa com a capital. Campanário significa o alto da torre onde ficam os sinos da igreja, e o bairro ficou com esse nome por estar na região mais elevada da cidade.

CANHEMA
O nome Canhema pode ser um derivativo da palavra tupi Icanhema, que significa “a água que desaparece” nos períodos das vazantes, ou então “curso de água pequeno, sem importância”.

VILA NOGUEIRA
Horácio Messias Nogueira foi o grande loteador da região que recebeu o seu nome, a Vila Nogueira. Ele foi engenheiro agrimensor, escritor e poeta, e o loteamento é de 1948. Ele também homenageou a esposa Lydia, que deu nome à vila, e uma das filhas na Vila Goyotim, que quer dizer lírio do campo.

SERRARIA
O sertanejo Antônio Piranga, nome pelo qual era conhecido Antônio José de Oliveira, montou uma serraria a vapor por volta de 1896, aproveitando as águas de córrego que passava na Mata da Capela, e o empreendimento que durou até 1920 deu o nome à região do Serraria.

INAMAR
O loteamento do Inamar, região antes conhecida como Sítio do Mato Dentro, foi feito por Yolanda Bertini em 1966. Ela homenageou dois filhos seus, Inácia – de onde saiu o Ina – e Waldemar, e formou Inamar.

Texto: Gonzaga do Monte
Fotos e consulta: Centro de Memória de Diadema